segunda-feira, 18 de maio de 2009

PESQUISAS ESCOLARES

Não sei se vocês leram ou se lembram, mas eu comentei aqui neste blog, mais precisamente no dia 05 deste mês, que eu havia pedido um trabalho sobre o verbo to be no passado (was e were). Os alunos deveriam explicar o uso, dar a estrutura de frases no passado com esse verbo nas formas afirmativa, interrogativa e negativa, dar exemplos e, por fim, fazer um paralelo, um contraste, com o mesmo verbo no presente.

Parece simples, não?

Gente, cheguei a ter vontade de chorar! Muitos simplesmente não entregaram trabalho algum! E a maioria dos trabalhos entregues estava cheia de erros. Isso sem contar com trabalhos sobre assuntos não pedidos, acreditem! Para ficar bem claro, é como se um professor de ciências pedisse um trabalho sobre mamíferos e recebesse pesquisas sobre aves ou peixes! Dá para acreditar?

O verbo to be é estudado separadamente porque ele não segue as mesmas regras dos outros verbos em geral. Os outros verbos, por exemplo, pedem a ajuda do verbo auxiliar para frases na forma interrogativa ou negativa. O verbo auxiliar de passado é DID, mas não é usado com o verbo to be! Por incrível que pareça, fizeram uma misturada danada!

Darei exemplos bem simples de frases com o verbo to be no passado:

*Mary was at home last night. (forma afirmativa)
*Was Mary at the supermarket last night? (forma interrogativa)
*Mary was not (ou wasn't) at the supermarket last night. (forma negativa)

Comparem com frases usando o verbo to go (ir):

*James went to the beach last Sunday. (=James foi à praia domingo passado.) (forma afirmativa)
*Did James go to the movies last Sunday. (James foi ao cinema domingo passado?) (forma interrogativa)
*James did not (ou didn't) go to the movies last Sunday. (=James não foi ao cinema domingo passado.) (forma negativa)

Reparem que o verbo auxiliar DID não foi usado com o verbo to be!

E o festival de absurdos continuou: Não souberam contrastar o verbo no presente com o verbo no passado. Escreviam: "Contraste", mas não escreviam nada que fizesse sentido. Trabalhos idênticos (até nos erros!) com bibliografias diferentes. Trabalhos sem bibliografia (E eu já ensinei neste blog como fazer bibliografias!). Trabalhos sem autores (!!!)...

Serei obrigado a revisar (de novo, outra vez, novamente) o verbo to be! E tem aluno que reclama quando volto ao assunto! Como se soubessem do que se trata...

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